quarta-feira, 20 de abril de 2011

Cine debate: JOÃO NÃO É JOHNNY

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Dependência Psicológica

No geral, a dependência corresponde ao impulso que leva a pessoa a usar uma substância continuamente para obter prazer, ou também para aliviar tensões, ansiedades, medos, etc. O dependente caracteriza-se por não conseguir controlar o consumo de drogas, agindo de forma impulsiva e repetitiva. A dependência psicológica caracteriza-se por um estado de mal-estar e desconforto que surge quando o dependente interrompe o uso de uma substância, tendo como sintomas mais comuns a ansiedade, sensação de vazio e dificuldade de concentração, mas esses sintomas podem variar de pessoa para pessoa.

Como já falei em um dos comentários aqui do blog, a dependência psicológica interfere na forma como as pessoas consomem as drogas, podendo levar a um consumo abusivo. Ao que parece, essa dependência é mais frequente com as substâncias que alteram o humor, porém todas, ou uma boa parte das drogas podem causar dependência psicológica em diversos graus. Algumas pessoas acreditam que a dependência psíquica interfere diretamente no tratamento da dependência química (que é mais “fácil” de tratar), pois faz com que o indivíduo volte a usar a substância abusivamente.

Em estado de dependência psicológica a pessoa sente um desejo muito forte, difícil de controlar, que se torna uma necessidade, tendo que fazer uso da droga para evitar um mal-estar, angústia ou mesmo um estado depressivo. Acontece que nesse momento, há necessidade de aumentar a dose para que se tenham os efeitos desejados da substância, o que também pode ser chamado de tolerância. Esse estado de angústia, por falta da droga é comum em quase todos os dependentes, de diversas drogas. Em alguns casos, como o do cigarro, a pessoa vê na substância um ponto de apoio psicológico ou emocional, além de uma fonte de prazer, que apesar de danosa à sua saúde é incorporada aos seus hábitos.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Propagandista é vetado em posto de saúde

Publicado na Folha de São Paulo, sábado, 02 de abril de 2011, no caderno Cotidiano.

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO
Numa medida considerada inédita pelos conselhos Federal e Estadual de Medicina, a Prefeitura de Ribeirão Preto, no interior paulista, passou a proibir a presença de representantes da indústria farmacêutica em unidades de saúde municipais.

O veto aos chamados propagandistas de remédios ocorre após denúncia de que pacientes ficavam na fila de atendimento enquanto eles conversavam com médicos."Em apenas um dia, contamos 38 representantes na mesma unidade", afirma a prefeita Dárcy Vera (DEM).

O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) quer restringir o acesso, já que a propaganda parece ter efeito: 48% dos médicos paulistas que recebem visitas de propagandistas prescrevem remédios sugeridos por fabricantes, segundo pesquisa do conselho divulgada no ano passado.

A medida foi tomada em meio a uma crise da saúde na cidade. Há falta de leitos. Pacientes esperam até seis horas pelo atendimento. Vereadores protestaram alegando que o veto tira empregos. Dizem que a fila no atendimento não é causada pelos propagandistas.

No Hospital das Clínicas da cidade, que não é municipal, os propagandistas ficam em corredor onde abordam os médicos. Eles contam até com armários próprios, com o nome de cada laboratório. São 180 profissionais.

Robson Aparecido Pantosso, 41, propagandista há dez anos, afirma que a visita ao médico é rápida -cerca de dois minutos. No HC ele aborda por dia até 20 médicos. Ele diz não ver influência da oferta de amostras grátis na decisão médica. "Nós levamos informação do medicamento. É ele que decide se prescreve ou não", afirma.

Edson Ribeiro Pinto, presidente da Fenavenpro, federação dos propagandistas do país, critica o veto. "Esses profissionais vendem vida, saúde, e não vendem armas." Ribeiro Pinto afirma ainda que muitos dos médicos não têm tempo de se reciclar sobre novos remédios.

No país, existem cerca de 200 mil propagandistas. O Sindusfarma, que representa os laboratórios, diz que o veto é "um desserviço à população e à classe médica".