terça-feira, 29 de março de 2011

Drogas: o uso e o abuso delas



O uso de drogas hoje em dia, é basicamente de origem social, baseado na necesidade de ser aceito em um grupo, curiosidade, alienação e desafio, mas também pode ser uma forma de expressão de conflitos emocionais profundos, que necessitam de tratamento terapêutico.
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O problema do uso, abuso, uso inadequado, habituação e uso abusivo de drogas, expandiu-se com força nos últimos anos. A ingestão de drogas, considerada anteriormente indício de conduta inadequada, e algo perigoso de ser feito, tornou-se aceita por grande parte da geração mais jovem, como prova de coragem, auto-realização e desafio às autoridades. A prática espalhou-se através das universidades, colégios, atingindo também vários outros ambientes coletivos.

Embora a maconha seja a droga mais extensivamente utilizada, o uso abusivo dos estimulantes e alucinógenos é bastante amplo, e uso de narcóticos tem aumentado consideravelmete. A variedade dos efeitos das drogas, a constante introdução de drogas novas e a redescoberta de algumas drogas antigas produziram certa confusão quanto aos aspectos psicofisiológicos da intoxicação e as consequências socias do abuso de drogas.

A dependência química leva os jovens a matar, roubar e até mesmo a cometerem suicídios. Mas quem sofre com tudo isso é a família, cujo lar foi destruído pelo vício de um dos seus membros. Para este indivíduo que teve sua vida totalmente alterada pelo uso das drogas, a família, os professores e os verdadeiros amigos têm um papel fundamental para a sua recuperação. Para dependentes de drogas, raramente há uma saída fácil. Internar o filho drogado, é um recurso extremo, que até pouco tempo atrás era definido como exagerada.

Na maioria dos casos a hospitalização é indicada para controle da síndrome de abstinência ou intoxicação por drogas. Infelizmente devido ao recente e enorme aumento desses problemas, a hospitalização é possível apenas para uma pequena fração dos pacientes.

Além disso surgem problemas devido ao fato de pessoas jovens evitarem clínicas ou hospitais especializados, com medo de serem presas ou terem os seus pais informados de sua condição. Por este motivo, doenças sérias ou óbitos que poderiam ser evitados com tratamento adequado, têm ocorrido.

É importante tentar identificar os distúrbios psicológicos ou motivos sociais que conduziram à dependências as drogas. Seguimento e contato continuado com o indivíduo, são essenciais para resultados a longo termo. Na maioria dos casos a psicoterapia de apoio é indicada para a ventilação de problemas sociais, interpessoais e psicológicos.


REFERÊNCIAS:

A RELAÇÃO DOS JOVENS COM AS DROGAS. Ana Lúcia Caetano da Silva. Disponível em: http://www.overmundo.com.br/banco/a-relacao-dos-jovens-com-as-drogas. Acesso em: 29/03/2011 às 9:17h.
SOLOMON, Philip. PATCH, Vernon D. Manual de Psiquiatria. 1ª ed. Atheneu editora da Universidade de São Paulo. São Paulo, 1975. P. 315-317.

Um comentário:

  1. No texto de vcs, vocês defendem uma estratégia de tratamento (a internação), mas nem citam a estratégia da redução de danos... a impressão é que algumas pessoas não têm acesso pq o seriço público é deficitário, enquanto na verdade se trata de uma incompatibilidade entre esta forma de tratamento e a Política Nacional...

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